Poema e imagem copiados do facebook de Maria Alzira Roque
Sim, essa mesmo.
Aquela que ninguém gosta,
De que todos têm muita pena.
Mas da qual, quase todos, mais
Que pena, têm nojo!…
Nojo dos pobres, mais ainda do
Que do cheiro!
Nojo, sim! Porque nem coragem
Têm de encará-la, muito menos
De a acabarem!
Que nojo!
Esquecem-se, governos e pessoas,
Que pobres e ricos têm cheiro igual.
Tirem-lhes a água e o sabonete – e
Vejam!
Água e sabonete
Que tiram aos pobres!
Casa e comida, nem falar – são pobres!
Saúde, educação e trabalho – nem sonhar!
Cultura, lazer e desporto – isso é luxo!
Pobres não precisam dessas coisas!
Quando pedem esmola duas coisas acontecem:
Ou se lhes dá alguns tostões – mais não precisam
Porque pobres são – ou se lhes diz: vai trabalhar!
Alguns, ainda dizem: não dou porque vais bebê-los!
Auxílio, caridade, esmola – não!
Interessa sim vermo-nos livres deles!
Nem nos cruzamentos podem pedir esmola!
Quando uma esmola lhes é negada, também
Já os ouvi a agradecer: “Vá com Deus!”
Quem vê a pobreza com esse olhar,mesmo carregado de bens matérias é o mais miserável das criaturas !
Riqueza, querida, é quem tem a alma tranquila. Matéria é algo efêmero. Um dia temos e em outros não. Faz parte da grande roda da vida. Bjs